
Tenho tentado me destituir desse mundinho de pessoas de plástico, superficiais, que prezam mais o parecer das coisas do que propriamente o ser. Não compactuo com isso e não pretendo ficar engolindo esse mundinho pequeno burguês, atrevido, narcíseo, voltado para o próprio umbigo, estagnado, falso, superficial. Gosto mais de um mundo menor, menos rápido, mais qualitativo. A minha terra gira em um ritmo diferente, menos veloz. Acredito que assim posso ver melhor o azul do céu e o rosto dos passantes. Dá pra sentir melhor as pessoas, as suas angústias, seus estados de espírito, a diversidade do mundo, a sua complexidade e, o melhor, deliciar-se com o que ainda há de belo ao redor, com a beleza do verdadeiro ser humano que percebe as sutilezas de uma caminhada ao lado de. Prefiro assim, é melhor do que caminhar sozinho acreditando-se acompanhado só por estar no meio de uma multidão. Não curto isso, não gosto de multidão. Isso confunde o sentir, faz olhar e não ver. Gosto da vida, do lado bom dela e das pessoas. Quero que os que pensam minúsculo fodam-se, porque assim pode ser que eles percebam a grandeza e a beleza de SER humano.
Um comentário:
Oi Chris!
Gostei muito do que escreveu. Uma boa reflexão. Me fez refletir também. Não sei se dá para desacelerar tanto assim. Fugir da multidão é bobagem, ela sempre estará em algum lugar próximo de você. Somos o que somos, humanos, nas suas belezas e fraquezas, e por natureza vivemos nisso que chamamos sociedade (sem rumo, concordo). O importante é ser honesto e verdadeiro, diferentes do resto. O importante é saber o que é certo e fazê-lo. Mais importante ainda é ser consciente e fazer o bem para alguém minúsculo. Quem sabe assim ele não entende o que é SER humano.
Juliana Brasil
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