
Tenho tentado me destituir desse mundinho de pessoas de plástico, superficiais, que prezam mais o parecer das coisas do que propriamente o ser. Não compactuo com isso e não pretendo ficar engolindo esse mundinho pequeno burguês, atrevido, narcíseo, voltado para o próprio umbigo, estagnado, falso, superficial. Gosto mais de um mundo menor, menos rápido, mais qualitativo. A minha terra gira em um ritmo diferente, menos veloz. Acredito que assim posso ver melhor o azul do céu e o rosto dos passantes. Dá pra sentir melhor as pessoas, as suas angústias, seus estados de espírito, a diversidade do mundo, a sua complexidade e, o melhor, deliciar-se com o que ainda há de belo ao redor, com a beleza do verdadeiro ser humano que percebe as sutilezas de uma caminhada ao lado de. Prefiro assim, é melhor do que caminhar sozinho acreditando-se acompanhado só por estar no meio de uma multidão. Não curto isso, não gosto de multidão. Isso confunde o sentir, faz olhar e não ver. Gosto da vida, do lado bom dela e das pessoas. Quero que os que pensam minúsculo fodam-se, porque assim pode ser que eles percebam a grandeza e a beleza de SER humano.